sábado, 28 de novembro de 2009

Colesterol: Você sabe como está o seu?


Reportagem, resumida, vinculada na Revista do Marieta (n1), hospital de Itajaí, Santa Catarina.

Muitos fatores podem contribuir para o aumento do colesterol, como tendências genéticas ou hereditárias, obesidade e atividade física reduzida, porém, um dos fatores mais comuns é a dieta. Para falar sobre a doença, entrevistamos o Dr. Luiz Augusto Garcia, coodernador do INCOR e professor da faculdade de Medicina da Universidade do Vale do Itajaí.

Revista do Marieta: O que fazer quando se descobre que o nível de colesterol esta alto?
Dr. Luiz Augusto Garcia: É preciso procurar um médico especializado que vai orientar o paciente e identificar se o alto índice de colesterol é decorrente de hábitos inadequados ou de defeitos do metabolismo. O médico precisa saber qual a origem do colesterol para identificar riscos de doenças atereoscleróticas.

Revista do Marieta: Quais alimentos são ricos em colesterol e quais são os níveis diários de consumo de colesterol?
Dr. Luiz Augusto Garcia: Os Alimentos ricos em colesterol são os de origem animal, como gema de ovo, manteiga, leite e queijo. São alimentos ricos em gordura saturada que no organismo vão se transformar em colesterol.
Outra grande fonte de colesterol são as gorduras trans formadas através da hidrogenação de óleos vegetais, Este tipo de gordura é maléfica, pois aumenta o colesterol ruim (LDL) e reduz os níveis do colesterol bom (HDL).
A gordura trans é encontrada em alimentos industrializados, como sorvetes, salgadinhos e biscoitos.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda que sejam consumidas no máximo 200mg por dia de colesterol na alimentação, o que corresponde, aproximadamente, a uma gema de ovo.

Revista do Marieta: Existe relação entre o estresse e colesterol?
Dr. Luiz Augusto Garcia: O estresse não tem relação direta com o colesterol. O que acontece é que um indivíduo sob stress pode mudar o seu comportamento e ingerir alimentos ricos em colesterol e o estresse emocional é um fator de risco para doenças coronárias.

Site do Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Alta ingestão de Sal ligado a Acidentes Vasculares Cerebrais e Doenças do Coração


Um novo estudo confirma uma ligação entre grandes quantidades de sal na alimentação e um elevado risco de acidente vascular cerebral e doença cardiovascular.

A pesquisa analisou 13 estudos de vários países, incluindo o Reino Unido, Japão e E.U.A.; envolveu, assim, mais de 170.000 pessoas com idade acima de 19 anos.

Segundo um relatório publicado no British Medical Journal, o estudo confirma uma ligação clara entre uma alta ingestão de sal e um aumento do risco de acidente vascular cerebral e doenças cardiovasculares.

Pesquisadores dizem que uma ingestão menor diária de 5g de sal pode reduzir os acidentes vasculares cerebrais em 23 % e doenças cardiovasculares em 17%.

Isto significa que caso todos adaptassem uma menor ingestão de sal, quase três milhões de eventos vasculares poderia ser evitada em todo o mundo a cada ano.

Victoria Taylor, nutricionista da área de saúde cardíaca da British Heart Foundation, afirmou que a média de ingestão de sal no Reino Unido é agora 8.6g por dia, contra os 9.5g em 2000.

Ela observou: "Isto é promissor, mas ainda há um longo caminho a percorrer se quisermos cumprir a máxima recomendada de 6 g por dia ou menos".



Comentário Dr. Luiz Augusto Garcia:

Não há nada salgado na natureza, o consumo de sal está relacionado ao comportamento milenar da humanidade na preservação de alimentos. O sal , cloreto de sódio,na quantidade que consumimos hoje é totalmente dispensável ao organismo humano já que tanto sódio quanto cloro são presentes na dieta humana em alimentos naturais ,juntamente a outros minerais e vitaminas. O consumo elevado de sal produz aumentos médios de pressão arterial na população levando, indiretamente, a eventos cardiovasculares graves, como: acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca.


Link da notícia
Link do estudo

terça-feira, 17 de novembro de 2009

DIABETES TIPO 2

-O DIABETES TIPO 2, doença crônica NÃO TRANSMISSÍVEL, é considerado um dos mais importantes FATORES DE RISCO para doenças do CORAÇÃO.

-Em 1993, já havia MAIS DE 150 MILHÕES de pessoas com DIABETES.

-Hoje, o NÚMERO DE DIABÉTICOS no mundo SUPERA OS 250 MILHÕES.

-Os PAÍSES COM MAIOR NÚMERO de diabéticos em 2007 eram a ÍNDIA (40,9 milhões), a CHINA (39,8 milhões), os ESTADOS UNIDOS (19,2 milhões), a RÚSSIA (9,6 milhões) e a ALEMANHA (7,4 milhões).

-No BRASIL, a prevalência do diabetes é entre 8% e 15% na população de 30 A 69 ANOS.

-Pessoas com diabetes tipo 2 têm o DOBRO DE CHANCES de sofrer um ATAQUE CARDÍACO.

-A cada ano, 3,8 MILHÕES DE MORTES são atribuídas ao diabetes.

-EXERCÍCIOS físicos e DIETA equilibrada podem PREVENIR 80% DOS CASOS de diabetes tipo 2.

-Pessoas com DIABETES TIPO 2 NÃO TRATADA têm, em média, uma EXPECTATIVA DE VIDA CINCO A DEZ ANOS MENOR do que a de pessoas sem diabetes.

-A principal CAUSA DE MORTALIDADE dos diabéticos são as DOENÇAS CARDIOVASCULARES.

Comentário Dr. Luiz Augusto Garcia:

O diabetes tipo 2 equivale ao fermento na massa para a produção de aterosclerose. Podendo antecipar em até 10 anos eventos clínicos de insuficiência coronária. O paciente diabético é estratificado como sendo de alto risco para o desenvolvimento de eventos cardiovasculares, entrando na prevenção secundária da doença coronária como se já tivesse tido um infarto. Importante considerar que o hábito de exercícios aeróbicos frequentes, se possível diariamente; e dieta equilibrada hipocalórica, com baixo teor de carboidratos ,no intuito de previnir a obesidade, podem reduzir em até 80% o aparecimento de novos casos de diabetes.

Link reportagem
Link da sociedade brasileira de diabetes

Expectativa de Vida

Homens de meia-idade que fumam e apresentam altos níveis de colesterol e de pressão arterial têm uma expectativa de vida de dez a 15 anos menor do que aqueles que não possuem esses fatores de risco.

Essa é a conclusão de um trabalho realizado pela Universidade Oxford e publicado no British Medical Journal.

Segundo o coordenador do estudo, Robert Clarke, os dados mostraram que, para os homens de 50 anos que fumam e têm altos níveis de colesterol e pressão arterial, a expectativa é de que eles vivam até os 74 anos. Homens que não apresentam nenhum desses fatores de risco têm uma expectativa de viver até os 83 anos.

Os pesquisadores também avaliaram outros fatores de risco dos participantes, como índice de massa corporal e diabetes. Entre os participantes, os 5% que apresentaram todos os fatores de risco tiveram a expectativa de vida reduzida em 15 anos.

Comentário Dr. Luiz Augusto Garcia:

Este trabalho reforça a evidencia de que fatores de risco modificáveis maiores como: o tabagismo, onde existe tratamento atual medicamentoso (Vareneclina) para o seu abandono; a hipertensão arterial, com tratamento através de drogas de última geração, como por exemplo os inibidores da ECA e dos receptores da Angiotensina I ; o controle dos níveis de colesterol, através das estatinas de ultima geração ( Rosuvastatina, Atorvastatina) permitem um indiscutível aumento da longevidade humana.

Link Reportagem

Link do estudo

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Os Dez Mandamentos Da Sociedade Brasileira de Cardiologia


OS DEZ MANDAMENTOS:

1 - Diga não à obesidade e controle o seu peso

2 - Consulte o seu médico periodicamente

3 - Meça a sua pressão arterial com freqüência

4 - Diga não ao fumo

5 - Verifique a quantidade de sal nos rótulos dos alimentos

6 - Diga não ao sedentarismo. Pratique esportes

7 - Escolha bem os alimentos

8 - Saiba se é diabético e se tem colesterol alto

9 - Evite o estresse

10 - Ame a vida e o seu coração

Comentário Dr. Luiz Augusto Garcia:

São dicas básicas dadas pela Sociedade Brasileira (SBC), mas trazem grandes benefícios para a vida do paciente. O link abaixo é da Cartilha do Coração, ela orienta sobre os fatores de risco das doenças cardiovasculares, sempre trazendo informações de tratamento e prevenção.

Cartilha do Coração

domingo, 8 de novembro de 2009

Risco de Morte entre Cardiopatas com Depressão é Sete Vezes Maior


Um estudo coordenado pelo cardiologista Marco Antonio de Mattos, diretor do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) comprovou a ligação entre doenças coronarianas e depressão. O experimento, realizado com 135 pacientes que sofreram síndrome isquêmica coronariana aguda, mostrou que 53% deles desenvolveram quadro depressivo. Os resultados apontaram influência de fatores de risco como hipertensão arterial e sedentarismo na potencialização de quadros depressivos. Segundo os pesquisadores, risco de morte entre cardiopatas, com depressão, é sete vezes maior.

Entre os integrantes do grupo, com idade média de 61 anos, 40% eram mulheres, 98 tiveram diagnóstico de infarto agudo do miocárdio e 37, de angina estável.

Dos 72 pacientes que apresentaram quadro depressivo, 42% tinham sintomas moderados ou graves, os restantes apresentavam manifestações leves. Embora a porcentagem de mulheres acompanhadas tenha sido menor, o estudo revela que a incidência da depressão é maior entre o sexo feminino, com 64% de prevalência.

Comentário Dr. Luiz Augusto Garcia:

A repercussão da expressão da insuficiência coronariana como infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca no psiquismo dos pacientes há muito é reconhecida pelos sentimentos de impotência, minus valia e incerteza do futuro; levando um percentual significativo de pacientes a quadros depressivos que por sua vez fazem parte do que é conhecido como stress mental, favorecendo: disfunção endotelial, ativação do sistema simpático e aceleração dos mecanismos de aterosclerose no organismo.

Link reportagem

Link estudo

Coração Artificial



Há um ano e depois de 15 de trabalho, o cardio-cirurgião francês, Alain Carpentier anunciou a construção do protótipo de uma prótese de coração, que tem uma batida semelhante ao pulsor da vida.
Em finais de Outubro, uma empresa francesa inaugurou uma sala esterilizada, que vai permitir a produção da prótese cardíaca, que será testada em meados de 2011.
Esta espécie de coração artificial pode aumentar as chances de sobrevivência das pessoas com patologias cardíacas.
Há duas fases na função cardíaca. A diástole, quando os ventrículos se enchem de sangue, e a sistole, quando o sangue oxigenado é ejetado.
Por esta razão, para conseguir uma função idêntica à do coração, a prótese tem dois ventrículos, com duas bombas em vez de uma, assim como um sistema de sensores em miniatura, que reage à atividade física e ao aumento ou diminuição dos valores da pressão sanguínea.
A prótese também incorpora novos compostos bio-tecnológicos, feitos a partir de tecido animal, tratado quimicamente, para reduzir as possibilidade de formação de coágulos sanguíneos.

Comentário Dr. Luiz Augusto Garcia:

Embora esta prótese(device) seja a que mais se aproxima de um coração natural, feito de materiais de bio-tecnologia de última geração, persistem duvidas com relação a sua alimentação energética( baterias). Há exemplo de outros “devices” já existentes, este novo vai ter a sua aplicação principal na ponte entre um coração muito doente e o tempo de espera para um transplante cardíaco.

Link matéria

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Cardiovascular 2009 - Itajaí - SC


Nos dias 23 e 24 de Outubro tivemos a realização do III Simpósio de Medicina Avançada do Incor Itajaí, o ´´Cardiovascular 2009´´.

Mais uma vez Itajaí foi palco desta reunião de profissionais da área da saúde que há 3 anos nos traz o que há de ponta em Medicina Cardiovascular.

Foi reforçado ainda mais o caráter multidisciplinar do evento com a participação da Nutrição e da Enfermagem, a I Jornada de Psicologia e Nutrição em Cardiologia e a II Jornada de Enfermagem em Cardiologia.

Contamos com a participação de excelentes profissionais, expoentes em suas áreas de atuação: Dr. Miguel Moretti (SP), Dr. Rogério Sarmento Leite (RS), Dr. Harry Correa Filho (SC), Dr.Pablo Ferreira Reis (RJ). Clique para a programação completa.

Este tipo de evento, com seu caráter multidisciplinar, científico e de atualização, enriquece a medicina de nossa cidade, incentiva a atualização profissional e promove a integração entre todos que participam deste projeto.


Organização Geral: Ir. Eliane Costa Ribeiro, Dr. Luiz Augusto Garcia e Dr. Marcos Juliano de Abreu.
Congratulações ao Dr. Marcos pelo esforço e dedicação para a realização do evento!


Palestra de Miguel Moretti.

Até o Cardiovascular 2010!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Mulher e homem têm sinais parecidos de infarto, diz estudo


As mulheres têm ou não sintomas diferentes quando sofrem um infarto? Alguns estudos dizem que os homens reclamam mais de dor no peito que irradia para os braços, enquanto elas relatam sintomas difusos, como náusea, dor nas costas e sudorese. Essa diferença seria um dos motivos pelos quais o infarto é detectado mais tarde na ala feminina.

Porém, um novo estudo financiado pela Sociedade Cardiovascular do Canadá diz que essa diferença de sintomas é um mito. O trabalho avaliou 305 pacientes em procedimento de angioplastia e concluiu que as mulheres têm sintomas iguais aos dos homens durante um ataque cardíaco.

Segundo a enfermeira cardíaca Martha Mackay, pesquisadora do Instituto Canadense de Pesquisas em Saúde e uma das autoras do estudo, não houve diferença de gênero nas taxas de dor no peito ou outros sintomas -como desconforto nos braços, respiração acelerada, suor e náusea.

Ela diz que homens e mulheres sentem os mesmos sintomas, a diferença é que elas também podem apresentar outros sinais, como tosse ou dor no pescoço e na região da mandíbula. "Os sintomas clássicos são igualmente comuns entre homens e mulheres", diz.

Comentário Dr. Luiz Augusto Garcia:

''Realmente mulheres e homens apresentam os mesmos sintomas do infarto, o grande problema seria o sub diagnóstico ocorrido em mulheres, este de cunho cultural. O médico tende a relacionar a dor da paciente com seu estado emocional, não correlacionando os sintomas de forma apropriada. A causa mais frequente de morte nas mulheres acima dos sessenta anos é o infarto agudo do miocárdio. Há uma tendência cultural de considerar: doença coronária, infarto do miocárdio doenças de homem .Na verdade a doença atinge ambos os sexos , apenas predominando em faixas de idade diferentes.''

Link 1

Link 2